Estamos todos sabendo da indústria que se criou em torno dos casamentos. Até chegar a hora do “sim”, uma máquina de acontecimentos, providências e despesas entra em ação para que a festa, ou melhor, o evento, aconteça com todos os requisitos indispensáveis para ser considerado um sucesso. A decoração tem que ter tal jeito, os docinhos têm que ser estes e aqueles, a música tem que ser acionada por um DJ, o bolo só pode ter tal configuração e por aí vai...
Durante pelo menos seis meses, a noiva mal vai ter tempo de olhar para a cara do noivo tão ocupada vai estar em preparar o grande dia dos dois. Conheço casais que se casaram brigados tantos foram os atritos que aconteceram nestes meses fatídicos em que os nervos das noivas ficaram à flor da pele e os noivos se sentiram desautorizados, desprezados e negligenciados. Em vez de beijos, só ganhavam ordens, gritos, cenas de pânico e lágrimas da parte de suas noivas antes carinhosas e bem humoradas.
As conseqüências de tanto stress podem ser perigosas: até Carrie Bradshaw (Sex and the City) foi abandonada no altar por causa do tormento todo que se transformou a preparação do “dia mais feliz da sua vida”. No entanto, tudo deveria estar sendo facilitado pela quantidade de empresas que estão aí para ajudar a organizar e administrar essa festa trabalhosa. Lidar de forma correta com elas pode ser a diferença entre um casamento pesadelo ou o casamento dos sonhos.
Recomendo bom senso e calma para quem vai se casar, para os pais dos noivos, para as madrinhas. Duas ou três reuniões de planejamento (que podem se dar em agradáveis jantarzinhos familiares) devem acontecer entre estas partes para decidir tudo o que pretendem oferecer neste dia, o quanto pretendem gastar e quem fica encarregado do quê.
Só depois devem chamar os profissionais e pedir que eles façam suas sugestões, mostrem as possibilidades e tragam os orçamentos. Se tudo estiver de acordo com o estilo e o desejo dos noivos e dentro do preço estipulado pelos pais, aí sim, fechar acordo e deixar que eles trabalhem.
Acompanhem a execução, não fiquem mudando de idéia a cada passo e exijam o cumprimento das datas e do orçamento. Bem orientados, os casamenteiros estão aí para ajudar e não para tornar a festa num pesadelo sem sentido e estressante para todos.
Glória Kalil
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